História
A ideia da ferrovia nasceu na Bolívia, em 1846, quando o engenheiro boliviano José Augustin Palácios convenceu as autoridades locais de que a melhor saída de seu país para o Oceano Atlântico seria pela Bacia Amazônica. O pensamento do engenheiro justificava-se na dificuldade para transpor a Cordilheira dos AndesOceano Pacífico dos mercados da Europa e dos EUA. Foi, então, em 1851, que o governo americano - interessado na melhor saída para a importação de seus produtos - contratou o tenente Lardner Gibbon para estudar a viabilidade do empreendimento via Rio Amazonas. Em 1852, Gibbon concluiu o trajeto Bolívia-Belém, descendo pelo lado boliviano os rios Chaporé, Mamoré, Madeira e Amazonas, ratificando a ideia do Palácios, quando demonstrou que uma viagem dos Estados Unidos para La Paz pelo caminho dos rios amazônicos, com o advento de uma ferrovia margeando as cachoeiras do rio Madeira, demoraria 59 dias, contra os 180 dias pelo Oceano Pacífico que, além da distância, somava a dificuldade de contornar o Cabo Horn. e na distância do
A Madeira-Mamoré Railway Co.
O século XX: decadência e crise
O século XXI: o tombamento
MAS HOJE A HISTORIA E TRATADA DESTA FORMA ,A FALTA DE CULTURA E GRITANTE NESTE PAIS. NÃO SABEMOS AINDA PRESERVA A NOSSA PRÓPRIA HISTORIA QUE DIRÁ A DE QUEM JÁ SE FOI.
EM TODA A SUA EXTENSAO A HISTORIA FICOU ESQUECIDA
O ABANDONO DESTA HISTORIA E VISIVEL
OS VAGOES ESTAO NESTAS CONDICOES O MESMO ACONTECE COM O MUSEU E COM A SUA HISTORIA
Praça da E.F.M-M. Galpão do Museu
Pode-se observar o estado de conservação em que se encontram os equipamentos e galpão destinado à oficina. É nítida a falta de manutenção do local, que acarreta a depredação dos maquinários que ficam expostos à ação do tempo e ao vandalismo. chamava atenção pelo abandono que estava sendo submetido o patrimônio da E.F.M-M, pois, nenhuma providência era tomada, “[...] E o valioso acervo se deteriorando no tempo com a da atualidade tem se uma visão mais precisa do estado de destruição desse patrimônio. Estrela da Mad Maria “dorme” esquecida no Santo Antônio
Estrela da Mad Maria “dorme” esquecida no Santo Antônio O Brasil assistiu um pouco da história da construção da internacionalmente conhecida Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, através da minissérie Mad Maria, exibida no início do ano pela Rede Globo. Mas, o retrato atual da estrela principal da produção, a locomotiva - descaracterizada para as gravações na tentativa de aproximação da época relatada, mancha o trabalho exibido em todo o país. Isso devido ao abandono da máquina que continua largada no cenário montado próximo à cachoeira de Santo Antônio, a 7 quilômetros do Centro de Porto Velho.
A máquina estava no museu de Guajará-Mirim quando foi removida para o distrito de Abunã visando o início das gravações, no ano passado. Em seguida, a locomotiva seguiu para as proximidades da cachoeira de Santo Antônio, sendo largada no local fato que, inclusive, causou revolta à população de Guajará-Mirim.
A máquina estava no museu de Guajará-Mirim quando foi removida para o distrito de Abunã visando o início das gravações, no ano passado. Em seguida, a locomotiva seguiu para as proximidades da cachoeira de Santo Antônio, sendo largada no local fato que, inclusive, causou revolta à população de Guajará-Mirim.
No longo discurso, o escritor ressaltou que o sua obra vem contribuir para melhor entendimento da história da EFMM, principalmente pelos jovens, pois após a exibição da MAD MARIA, muitos, senão todos, passaram a ter a história global baseada no romance do escritor amazonense Márcio Souza, como a verdadeira história da Madeira-Mamoré.
Ocampo ressaltou que as principais obras do Estado, já nasceram “morta”. O Forte Príncipe da Beira nunca disparou um tiro, pois sua conclusão aconteceu depois que os conflitos, terminaram. A linha telegráfica de Rondon, também foi concluída na época em que a comunicação já acontecia por ondas magnéticas. Como a Estrada de Ferro Madeira Mamoré, que foi construída para escoar borracha para a Europa e EUA, quando ficou concluída outros países como a Malásia, já tinha produção bem maior que a Amazônia, declarou.
O abandono não se resume apenas à locomotiva, quem passa pela a praça que leva o nome da Madeira-Mamoré, imaginam um local a mercê do esquecimento, principalmente à noite, quando a área fica verdadeiramente assustadora.
Atualmente, não existe a possibilidade de qualquer passeio na “Maria Louca”. A recuperação dos trilhos, parte em Porto Velho e parte em Abunã, foi feita com o único objetivo de filmar a minissérie. Com a desativação da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, no início da década de 70, muitas casas foram construídas nas proximidades da linha férrea, como no bairro Triângulo. No início da década de 80, o trem voltou a percorrer o trecho entre a estação de Porto Velho até a cachoeira de Santo Antônio, com grandes desafios, já que a locomotiva passava bem próxima às casas.
Museu Madeira - Mamoré
A história de Rondônia, contada através da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, pode ser conhecida de perto desde ontem até o próximo domingo, durante a 9ª Semana de Museus. Neste período, o galpão I da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM) está aberto ao público para visitação de parte do acervo que está guardado à espera da construção de um novo museu. O evento é idealizado pelo Instituto Nacional de Museus, e em Porto Velho é coordenado pela Fundação Iaripuna em homenagem ao Dia do Museu, comemorado em 18 de maio.Estudos já estão sendo feitos para a reorganização do museu, que irá funcionar no galpão da rotunda. O novo museu deve ser entregue na segunda parte da reforma do complexo da EFMM, prevista para iniciar ainda neste ano. Enquanto passa por reformas, o acervo é mantido em um dos galpões.
Instalações
- Prédio das oficinas: entre as construções do complexo ferroviário, a de maior tamanho e complexidade, sem dúvida, é o prédio das oficinas. Foi construído entre 1908 e 1912 para abrigar a mecânica, fundição, carpintaria, pintura, serraria, funilaria e depósito, e tinha ainda como função os reparos do material rodante da ferrovia, atendendo também a comunidade com reparos de motores e fundição de peças. Uma das peças que chamam a atenção na entrada da oficina é o girador ou rotunda que servia para direcionar as máquinas e carros para o local de conserto, dentro da oficina. Funcionou até 1972, sendo depois soterrada. Somente no início da década de 90 ela foi desaterrada e colocada à disposição da visitação pública, totalmente recuperada.
- Armazéns de carga e descarga: existem dois armazéns de carga e descarga erguidos à margem do rio Madeira, medindo 50m x 20m cada um, cobertos e fechados lateralmente por chapas de zinco galvanizado e piso de concreto. O primeiro, de nº 1, foi construído em 1912, e o segundo, de nº 2, em 1943, para dar respaldo à intensificação da produção de borracha durante a 2ªGuerra Mundial. Foram projetados e pré-fabricados nos Estados Unidos servindo como depósitos para armazenar as mercadorias que abasteciam os seringais e para abrigar a produção extrativista que era embarcadas para fora da região. Hoje o Armazém nº 1 é utilizado para acomodar o acervo do Museu Ferroviário.
- Estação de Porto Velho: a estação nº 1, em Porto Velho, foi construída junto com a ferrovia e foi inaugurada, também, em 1912. Destinava-se à venda de passagens, embarque e desembarque de passageiros, para despacho de documentos e comunicação. Foi construída em alvenaria de tijolos aparentes e sem furos, com janelas de madeira e vidros, coberta com telhas de barro, do tipo francesa, avarandada em todos os lados e onde foram utilizados trilhos na sustentação. Após a reativação foi utilizada como Museu Ferroviário e, posteriormente, o acervo foi transferido para o Armazém nº 1.