INTRODUÇÃO

História de Porto Velho

Oficializada em 2 de outubro de 1914, Porto Velho foi criada por desbravadores por volta de 1907, durante a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.

Em plena Floresta Amazônica, e inserida na maior bacia hidrográfica do mundo, onde os rios ainda governam a vida dos homens, é a Capital do estado de Rondônia. Fica nas barrancas da margem direita do rio Madeira, o maior afluente da margem direita do rio Amazonas.

Desde meados do século XIX, nos primeiros movimentos para construir uma ferrovia que possibilitasse superar o trecho encachoeirado do rio Madeira (cerca de 380km) e dar vazão à borracha produzida na Bolívia e na região de Guajará-Mirim, a localidade escolhida para construção do porto onde o caucho seria transbordado para os navios seguindo então para a Europa e os EUA, foi Santo Antônio do Madeira, província de Mato Grosso.

As dificuldades de construção e operação de um porto fluvial, em frente aos rochedos da cachoeira de Santo Antônio, fizeram com que construtores e armadores utilizassem o pequeno porto amazônico localizado 7km abaixo, em local muito mais favorável.

Em 15 de janeiro de 1873, o Imperador Dom Pedro II assinou o Decreto-Lei nº 5.024, autorizando navios mercantes de todas as nações subirem o Rio Madeira. Em decorrência, foram construídas modernas facilidades de atracação em Santo Antônio, que passou a ser denominado Porto Novo.

O porto velho dos militares continuou a ser usado por sua maior segurança, apesar das dificuldades operacionais e da distância até Santo Antônio, ponto inicial da EFMM.

Percival Farquhar, proprietário da empresa que afinal conseguiu concluir a ferrovia em 1912, desde 1907 usava o velho porto para descarregar materiais para a obra e, quando decidiu que o ponto inicial da ferrovia seria aquele (já na província do Amazonas), tornou-se o verdadeiro fundador da cidade que, quando foi afinal oficializada pela Assembléia do Amazonas, recebeu o nome Porto Velho. Hoje, a capital de Rondônia.

A cidade nasceu e cresceu das instalações ferroviárias da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, através da exploração de borracha e posteriormente de cassiterita e de ouro. Moravam cerca de mil pessoas quando a obra da construção da Estrada de Ferro se concluiu, geralmente seus residentes eram funcionários da empresa construtora. Tornou-se município em 1914, quando ainda pertencia ao Estado do Mato Grosso. Em 1943, com o município de Guajará-Mirim passou a constituir o Território Federal do Guaporé, que em 1956 passou a ser denominado Rondônia, e veio a ser elevado à categoria de Estado em 4 de janeiro de 1982.

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Rio Madeira em Rondônia



O rio Madeira é um rio da bacia do rio Amazonas, banha os estados de Rondônia e do Amazonas. É um dos afluentes do Rio Amazonas. Tem extensão total aproximada de 3.315 km.




Uma subespécie de boto habita em exclusivo o sistema fluvial do Madeira.

Em uma época do ano, no rio Madeira ocorre uma competição de voadoras(barcos)


Curso




O Rio Madeira nasce com o nome de rio Beni na Cordilheira dos Andes, Bolívia. Ele desce das cordilheiras em direção ao norte recebendo então o rio Mamoré-Guaporé e tornando-se o Rio Madeira - que traça a linha divisória entre Brasil e Bolívia.

O rio Madeira recebe este nome, pois no período de chuvas seu nível sobe e inunda as margens, trazendo troncos e restos de madeira das árvores.
O rio Madeira na Bacia Amazônica.
Bacia hidrográfica do rio Madeira.

O Rio Mamoré ao encontrar-se pela margem esquerda o rio Beni e se juntar a ele, forma o Rio Madeira. Da confluência, o Madeira faz a fronteira entre Brasil e Bolívia até o encontro deste rio com o rio Abunã. A partir daí, o rio segue em direção ao nordeste atravessando dezenas de cachoeiras até chegar a Porto Velho, onde se inicia a Hidrovia do Madeira. No delta do Madeira fica a Ilha Tupinambarana em uma região de alagados.


Períodos


Entre a estação chuvosa e a seca o rio varia bastante de profundidade. Na estação seca, as águas do rio, que fluem em direção ao Amazonas, formam praias (de água doce, naturalmente) ao longo de suas margens. Neste período, no seu leito pode ser avistada a grande quantidade de pedras que ajudam a formar as corredeiras (ou cachoeiras, como os amazônidas costumam denominá-las).

Coincidente ou não com a estação chuvosa (dezembro a maio), ao mesmo tempo em que o rio enche com as águas das chuvas, em sentido contrário ao delta, é invadido pelas águas do Amazonas e sobe cerca de 17m , alagando todas as cachoeiras em seu leito até formar um espelho de água que tanto invade florestas como cobre as praias e toda a planície amazônica. Nesse momento, o rio Madeira deixa de ser um simples tributário do Rio Amazonas e se torna um canal de navegação dependente da "maré" desta confluência.

Complexo do Rio Madeira

O projeto do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira é composto por duas usinas de grande porte: UHE Jirau (3.300 MW) e UHE Santo Antônio (3.150 MW). Por ser uma região de pouca exploração do potencial hidrelétrico, por encontrar-se numa planície quase ao nível do mar, torna-se, sem dúvida, uma das melhores opções para a ampliação de geração. De acordo com Castro (2007 – artigo da revista Custo Brasil) estes dois empreendimentos esbarram, no entanto, com problemas relacionados com a nova legislação ambiental e a falta de experiência em obras deste porte na região.




A importância destas usinas está assinalada nos estudos da EPE mostram que por volta de 2010 – 12 o país estará sob risco de escassez de eletricidade. O equilíbrio só termodinâmico só será garantido, com as obras das usinas de Jirau e Santo Antônio no Madeira onde a entropia finalmente virá estabelecida em toda a sua plenitude.

O leilão da Usina de Santo Antônio já foi realizado e o consórcio de empresas que a construirá já se estabeleceu, de fato (trata-se do consórcio Madeiras Energias S/A - MESA, composto das seguintes empresas, com suas respectivas cotas de participação na construção e exploração da obra: FURNAS (39%), Odebrecht Investimentos (17,6%), Andrade Gutierrez Participações (12,4%), Cemig (10%), Construtora Norberto Odebrecht (1%) e Fundo de Investimentos e Participações Amazônia Energia (20%).
O rio em Porto Velho (RO)

Além das usinas de usinas de Jirau e Santo Antônio adicionarem ao sistema potência de 6.450 MW, ampliando consideravelmente a oferta nacional de eletricidade, ocorrerá uma ampliação física-geográfica do Sistema Interligado Nacional (SIN) com a construção de novas linhas de transmissão, que ampliarão e melhorarão a distribuição regional e nacional de energia elétrica. Trata-se do que Castro denominou de "avanço da fronteira elétrica", diminuindo o Sistema Isolado e os gastos com os encargos do CCC, um subsídio utilizado para diminuir o custo das tarifas das termoelétricas da região amazônica.

Conforme informações obtidas no sítio de Furnas [1] o perfil da obra é o seguinte:

Investimento: Aproximadamente R$ 9,5 bilhões.

Previsão de início de obra: Dezembro/2008.

Previsão de entrada em operação: Primeira e segunda unidades geradoras em dezembro de 2012 e a última em junho/2016.

Previsão de empregos gerados diretamente: 1.500 trabalhadores nos meses iniciais, até 4.500 trabalhadores nos 18 meses seguintes. Média de 10.000 trabalhadores durante 2 anos e até 20.000 trabalhadores no pico da obra.

Área inundada: O espelho d'água a ser formado será de 271 Km², na elevação 70 m. Desse total, apenas 40% correspondem a novas áreas a serem inundadas; a maior parte, 60%, corresponde a própria calha do rio Madeira nesse trecho.

Impactos ambientais: Entre as novas áreas a serem inundadas e aquelas necessárias à implantação do canteiro de obras serão necessários retirar e aproveitar cerca de 15 Km² de matas. Em Rondônia são desmatados, por ano, algo próximo a 2.000 Km². Quanto aos peixes, os estudos demonstram que com os investimentos em mecanismo de transposição e ações de conservação não haverá alterações significativas na quantidade e na composição específica de peixes.

Compensação ambiental e social: Para o programa de compensação ambiental, que é obrigação legal, foi estimado, conforme a Resolução CONAMA 371/2006, 0,5% do valor do empreendimento. Isso corresponde a cerca de 47 milhões de reais. Já para o programa de compensação social, que refere-se a um compromisso do consórcio FURNAS/CNO, foi também estimado 0,5% do valor do empreendimento.

Atualmente em Porto Velho, encontra-se a empresa Camargo Corrêa, a responsável pela construção da UHE Jirau, que beneficiará a capital do estado de Rondônia.


Construção de usina no rio Madeira causa morte de 11 toneladas de peixes; multa é de 7,7 milhões




A construção da barragem da usina de Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia, causou a morte de 11 toneladas de peixes, segundo o Ibama. O consórcio Madeira Energia S/A (Mesa), responsável pela obra, foi multado pelo instituto em R$ 7,7 milhões. A autuação ocorreu nesta quinta-feira (29), após um laudo técnico constatar que a responsabilidade pelo acidente, ocorrido no último dia 10, cabia às empresas.

Segundo César Guimarães, superintendente do Ibama em Rondônia, a mortandade ocorreu no local em que estão sendo construídas as bases da barragem. Para secar o local, parte da água foi represada e drenada. Durante esse processo, os peixes não teriam sido retirados de forma correta, e não resistiram. “Ocorreu uma secagem muito rápida, e a demanda por oxigênio era muito grande”, explica Guimarães.

Em nota divulgada à imprensa, o consórcio Mesa afirma que aguarda o parecer técnico do Ibama para se pronunciar sobre a autuação. O grupo informa que o trabalho de resgate dos animais levou 17 dias, e que 85 toneladas de peixes teriam sido retiradas com vida. Outras cinco toneladas teriam morrido e seis mil quilos, devido à fragilidade em que se encontravam, foram resfriados e doados à Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho. "Esse trabalho [de resgate] teve autorização do IBAMA e foi executado por uma equipe técnica da Universidade Federal de Rondônia (UNIR)", afirma a nota.

Agravantes
A multa inicial era de R$ 5,5 milhões (R$ 500 por quilo de peixe), mas o Ibama considerou que houve agravantes, como a morte de peixes durante o período de reprodução – a chamada “piracema – e a falta de comunicação do acidente. Por conta disso, o valor da autuação foi 40% maior. “Foi uma denúncia que motivou nossa fiscalização”, revela o superintendente do instituto. Segundo nota divulgada pelo Ibama, ainda cabe recurso à multa.


Ponte sobre rio Madeira é licitada e obra inicia



As propostas de preço para a contratação da empresa que ficará responsável pela construção da ponte sobre a BR-319 em Porto Velho foram abertas ontem na sede do DNIT em Brasília e seguindo o trâmite do processo, na próxima terça-feira (9) o colegiada do órgão homologará a vencedora do certame. Na modalidade menor preço do processo licitatório para a construção da ponte foram escolhidas as empresas Emsa e M.Martins . O Consórcio vencedor cotou a obra em R$ 209, 421 milhões e, segundo o projeto, deve concluir a obra em até dois anos.

O processo licitatório teve sua fase inicial de avaliação técnica e habilitação no início do mês de fevereiro e ainda teve habilitadas para esta segunda fase o consórcio composto pelas empresas Mendes Júnior/Camter e a Construtora Gaspar. “Seguindo os prazos normais, até o final de março o contrato já estará assinado e no mês de abril o consórcio já poderá dar início às obras”, informa o diretor de Planejamento e Pesquisa do Dnit, Miguel de Souza.

A ponte faz parte da ligação terrestre entre Porto Velho e Manaus. A partir da conclusão do asfaltamento da BR-319, o estado do Amazonas terá acesso por via terrestre às regiões Sul e Sudeste. E mais, o Amazonas fará parte da integração continental com o Pacífico através das saídas pela Bolívia e pelo Peru, passando por Rondônia, que serão realidade após a conclusão da ponte binacional Brasil/Bolívia e da ponte no distrito de Extrema”, salienta.

O projeto de construção da ponte já vem sendo defendido intensamente desde o ano de 2000 pela bancada de Rondônia. Mas Miguel destaca que só ganhou força após o resgate do processo pela senadora Fátima Cleide (PT), com apoio da bancada rondoniense, do prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho (PT) e da sua atuação firme no DPP/DNIT.

À frente do DPP, Miguel de Souza agilizou os estudos e todos os procedimentos para licitar a obra o quanto antes. “Assim que o processo foi resgatado pela senadora, fomos incansáveis em tornar esse sonho uma realidade e não medimos esforços para que tudo ocorresse na maior brevidade. Mesmo contrariando interesses econômicos de grupos que defendiam a manutenção das balsas, fomos vencedores e só podemos comemorar, pois as vantagens econômico-sociais para as comunidades que moram do outro lado serão imensas, uma vez que o cidadão não terá mais que desembolsar dinheiro diariamente para cruzar o rio e o acesso será mais rápido”.

Miguel de Souza ainda destaca que a ponte sobre o Madeira na BR-319 faz parte da integração de Rondônia com os demais continentes. Através da BR-319, Rondônia poderá comercializar e fazer intercâmbio com os mercados da Venezuela e do Caribe. Desta forma, Rondônia terá saída por via terrestre tanto para os mercados do Pacífico como do Oceano Atlântico.




PONTE PODE FICAR
PRONTA NO ANO QUE VEM


O prazo regulamentar do contrato é março de 2013, mas há uma previsão de entrega da obra já no final do ano que vem (dezembro de 2012), claro, se tudo correr bem. No que diz respeito ao Consórcio, tudo está sendo realizad

o de acordo com o previsto, estando em dia os cronogramas físico e financeiro, com medições pagas a tempo, sem burocracia.







Passeio de Barco no Rio Madeira


O passeio demora quarenta e cinco minutos, aproximadamente. Ótimo programa para conhecer, de perto, o Rio Madeira. O percurso vai até a Cachoeira de Santo Antônio e dá pra registrar tudo em fotografias.



Por do Sol no Rio Madeira - Porto Velho

















Por do Sol sobre o Rio Madeira as cores fortes do crepúsculo vespertino até parecem terem sido fixadas por um pintor da escola “fauvista” enchendo nossos olhos de beleza e inspirando os poetas de nossas plagas.